Akintola Fatoyinbo nasceu em 12 de Fevereiro de 1943, no oeste da Nigéria.
Depois de uma formação em jornalismo na Alemanha, trabalhou no serviço África da rádio Deutsche Welle, e em seguida na área dos média e da comunicação em várias organizações internacionais, dentre as quais a OMS em Ouagadougou, a agência InterPress Third World (IPS), como diretor regional para África, e no Banco Mundial, instituição em que construiu grande parte de sua carreira e onde trabalhou para promover os média africanos e gerir a comunicação de programas de desenvolvimento.
Foi nesse contexto em que participou da criação do projeto oeste-africano de desenvolvimento das agências de imprensa, lançado pela UNESCO e financiado pela Alemanha. Como funcionário enviado pelo Banco Mundial, Akin tornou-se conselheiro técnico principal do projeto e instalou-se em Cotonou (Benim), onde WANAD – nome pelo qual o projeto ficou conhecido – formou mais de 1.000 jornalistas, técnicos e responsáveis. Em 1995, o projeto torna-se uma ONG internacional, o centro WANAD, do qual Akin é eleito secretário geral, função que ele exerce em paralelo à sua carreira de especialista em comunicação no Banco Mundial.
Convencido de que a educação é a chave do desenvolvimento em África e de que a comunicação é o vetor primordial para promover a educação, Akin não poupará energia nem tempo para defender essa ideia – e seus esforços levarão à criação, em 1998, do programa de comunicação para a educação e o desenvolvimento (COMED) da ADEA.
Akin acreditava que os jornalistas africanos deveriam, para levar adiante este projeto, especializar-se na área da educação e que, para isso, seria necessário garantir uma formação adequada. Ele estava profundamente convencido de que era necessário melhorar a comunicação dentro dos ministérios africanos da educação, e entre eles e os média. Essa visão levou à criação, em 2002, do Grupo de trabalho da ADEA sobre a comunicação e o desenvolvimento (GTCOMED), cuja missão principal é possibilitar o desenvolvimento profissional e a especialização dos jornalistas e responsáveis pela comunicação na área da educação. Desta forma nasceu o Prémio africano do jornalismo em educação, com o objectivo de incentivar jornalistas e órgãos de imprensa africanos a trabalharem em reportagens de qualidade sobre a educação em África.
Depois do falecimento brutal de Akin, em Dezembro de 2002 em Dar-es-Salaam (Tanzânia), a ADEA decidiu dedicar-lhe o Prémio – conhecido desde então como Prémio africano do jornalismo em educação Akintola Fatoyinbo. A ADEA rende assim homenagem a um homem visionário, cujo combate aguerrido pela profissionalização, especialização e excelência dos média africanos acabou por tornar-se o combate de todos aqueles que o conheceram.
Alfred Opubor foi o sucessor de Akintola Fatoyinbo na coordenação do GTCOMED de 2003 à 2005. |